Este painel explorou o ativismo de líderes indígenas e afrodescendentes no México, Equador e Brasil, com foco em questões de gênero, raça, direitos humanos e lutas territoriais no contexto do colonialismo. Enfatizando os papéis fundamentais das mulheres indígenas e afrodescendentes, a discussão destacou suas contribuições para a proteção ambiental, preservação cultural e representação política. Essa discussão intergeracional reuniu Katherine e Maria Celeste, ilustrando os legados duradouros da escravidão que impactam as comunidades afrodescendentes no Equador e no México, e Catarina e Watatakalu, que compartilharam narrativas pessoais refletindo sua evolução como líderes em seus movimentos indígenas no Brasil, herdando e avançando os legados ativistas de suas famílias e comunidades.

O painel enfatizou que o ativismo, para muitas mulheres, não é apenas uma escolha, mas uma necessidade de sobrevivência — um meio de preservar culturas, línguas, comunidades, famílias e conhecimentos indígenas. Também ressaltou a importância das solidariedades globais dentro do ativismo político afro-indígena, destacando o impacto persistente das estruturas e sistemas coloniais.

Ao centrar as mulheres e suas comunidades indígenas e afrodescendentes, o painel mostrou a importância de criar espaços institucionais que priorizem as perspectivas indígenas. Além disso, fez um apelo por maior apoio a iniciativas de base que promovam a representação indígena em diversos setores. No geral, o painel serviu como um chamado à ação para centralizar as vozes e conhecimentos indígenas, reconhecendo suas contribuições inestimáveis para a resistência e resiliência coletiva.